Todos somos mais ou menos
sensíveis. Alguns têm sensibilidade para a música, outros para a pintura,
outros para a culinária e cada um vai descobrindo o que o toca mais
profundamente. Estas habilidades são muitas vezes despertadas no indivíduo
ainda quando criança e isto faz dela uma criança mais ou menos inquieta, porém
saudável e feliz.
O tempo vai passando as
atribulações vão se aproximando, a criança artista passa a ser um jovem
preocupado e tenso, pois as responsabilidades se aproximam, ele precisa
trabalhar, ganhar dinheiro, ficar rico, casar, ter filhos, comprar casa, carro,
etc, etc, etc. O que acontece então? O artista leve e feliz que pintava,
cantava, escrevia se transforma em alguém estressado e mal-humorado. A leveza
ficou esquecida em meio a tantos afazeres. A doçura foi substituída pela
seriedade implacável do acertar sempre. Antes quando cantava e errava o tom,
ele voltava e tentava até encontrar o tom certo. Agora não pode mais. Não pode
errar, pois errando será criticado ou quem sabe substituído.
A criança não fica preocupada se
está errando ou não, ela simplesmente faz. Errando faz novamente sem culpa, sem
pressa e sem peso. Ela não está nem um pouco preocupada se será ou não
criticada, pois isso não tem a menor importância. Ela só quer brincar.
O adulto quer fazer tudo com
muita pressa e, como diz o dito popular: “quem tem pressa queima os dedos e
como cru. ”
É preciso suavizar as atitudes,
ser mais leve, brincar mais, sorrir mais, cantar mais. O sorriso alegra a alma e
deixa o corpo mais bonito. Ter sensibilidade é ter Deus no coração, é ter calma
a mente, é se abrir para a vida e para as pessoas e, acima de tudo, é abrir-se
numa busca constante de auto amor e felicidade.
A criança está sempre com um
sorriso estampado no rosto, elas brinca, cai e levanta sempre, pois quer
acertar. A criança que não brinca é uma criança doente. A sensibilidade nos
traz saúde.
Devemos ser como crianças sempre
sorrindo, alegres e descontraídas. Trabalhando sim, tendo responsabilidades
sim, mas, nos permitindo ser leves e buscar o contentamento. Cair sim por que
não? Mas levantar de cabeça erguida, aceitando o auto perdão e dar permissão
para a felicidade se fazer presença constante.
“Deixem vir a mim as crianças e
não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas”.
Lc 18:16
Ademildes Rodrigues | www.essencialsaude.com.br