Tudo no universo obedece a um
ritmo, nada foge a este princípio. Quando extrapolamos e tentamos impor um
ritmo diferente do que foi preestabelecido, que foi programado pela Consciência
Suprema a que chamo Deus, entramos num estado de estresse e como diz o ditado
“trocamos os pés pelas mãos”.
O ser humano precisa entender que
ele é criatura e não criador, alguém que pode fazer a diferença, mas em
desobediência ao ritmo da vida e ao seu pessoalmente, fará muito pouco. É
necessário buscar o silêncio, interiorizar-se e reconhecer suas limitações, mas
também e tão importante quanto, valorizar suas potencialidades e suas
conquistas. Às vezes é preciso derrubar todas as barreiras, derrubar todas as
crenças destruidoras e começar do zero, porém ao iniciar, já feita esta busca
da essência, ouvindo a voz interior, recomeçar na nota certa, na melodia mais
adequada e no ritmo estipulado, sem pressa e de forma contínua.
A todo o momento somos convidados
a fazer esta reflexão e tomar atitudes que farão diferença em nossa vida, nos
fazendo pessoas melhores e fazendo outras pessoas melhores é o que nos faz
amadurecer, pois, a cada experiência vivida, adquirimos algo novo que levaremos
por nossa eternidade. Este algo novo pode ser repassado e com isso outras
pessoas se beneficiarão com aquela situação já vivenciada podendo então ser para
o outro, uma fonte inspiradora para que estes não cometam o mesmo engano e
possam fazer diferente, partindo de um ponto vivido e bem experimentado.
Somos como um iceberg. Utilizo
esta analogia sem nenhum medo de errar, pois mostramos apenas uma parte ínfima
do que realmente somos, nossa maior parte está sob ás águas, as águas das
várias máscaras que utilizamos para viver, as máscaras que utilizamos para nos
expressar em cada situação necessária em nossas experiências. Porém cada
máscara conta uma história e estas histórias vão se transformando em rios, em
mares muitas vezes de mentiras, insucessos, decepções, orgulho e situações mal
resolvidas. E quando tomamos a coragem de olhar para baixo e curvar diante de
algo aparentemente intransponível é que nos deparamos com este arsenal de
infelicidade.
Utilizamos a brincadeira de
esconde-esconde com estas tantas personalidades que criamos e nos perdemos
dentro ou por detrás delas. E é quando Deus pergunta: Adão onde estás? Gn 3:9. Este
é o momento de olhar para si e se perguntar: onde estou? O que estou fazendo e
para onde irei se continuar assim? Este é um momento ímpar, pois é neste ponto
que cada indivíduo volta para si e recomeça sua caminhada, compondo a canção
que lhe fará sorrir, que lhe fará amar e transformar-se em alguém rico em
experiências e cheio de conquistas verdadeiras, podendo levar para outros o que
aprendeu e está sedimentado em sua alma por toda a eternidade.
Portanto, é de fundamental importância ter
momentos de introspecção para ouvir-se e compreender qual o seu papel diante da
vida, da sua vida e a partir daí tomar a iniciativa de transformação.
Ademildes Rodrigues
www.essencialsaude.com.br