Vivemos num mundo que está em
guerra e a destruição é visível. Destruímos casas, ruas, florestas, rios, mares
e pessoas. Isso mesmo: destruímos pessoas. O ser humano é o único animal que
mata outro de sua espécie. Dentre as pessoas destruídas, estão os próprios
indivíduos destruidores.
O medo assola o ser humano de tal forma que ele
perde o controle de si e busca, a todo custo, se preservar. Porém se fecha,
chegando ao extremo de enclausurar-se em suas emoções doentias e isso o leva a exterminar
a própria vida através de sentimentos descontrolados e excessivos. Fica tão
fechado em si que não é capaz de enxergar o outro como seu igual, mas como seu
adversário, mas não um adversário para lutar e vencer o melhor preparado, mas
um inimigo que precisa ser aniquilado. Quando chega a esta fase extrema de
descontrole de sentimento e emoção o indivíduo já está bastante distanciado de
si e a doença no corpo físico se torna inevitável.
O medo faz parte da vida – e deve
fazer –, não fosse assim qualquer um se atiraria de um precipício ou
atravessaria a rua sem olhar para os lados e isto o levaria à morte. No entanto,
é o medo, o instinto de autopreservação que impede tal coisa. No entanto,
quando este sentimento se torna uma patologia, impede qualquer tipo de
raciocínio e a emoção passa a superar a razão.
Medo e coragem precisam andar
juntos. Um equilibra o outro, são polaridades distintas. O medo é a polaridade
yin – introspecção, reflexão, internalização. A coragem a polaridade yang –
expansão, determinação, explosão. Coragem excessiva, em desarmonia leva o
indivíduo a pular no precipício, medo excessivo faz do indivíduo um alvo fácil
para a estagnação e falta atitude nos mínimos processos. Os dois em
assentimento levam o indivíduo a refletir qual o melhor caminho a seguir e lhe
dão ânimo para prosseguir.
Mas quem nunca sentiu medo atire
a primeira pedra. Qualquer ser humano saudável sentiu medo em algum momento de
sua vida. Medo de não passar de ano na escola, medo dos pais por ter feito algo
já sabido que não estava de acordo, medo de dirigir, medo de assombração, enfim
medo de alguma situação nova, de algum novo aprendizado. O que não deve
acontecer é este medo se transformar em fobia.
O medo é uma sensação que provoca
estado de alerta, já a fobia é uma patologia, é um estágio de medo em que o
indivíduo se vê sem condição de raciocínio. Neste caso só um tratamento
terapêutico para leva-lo em direção ao seu estado de equilíbrio e restabelecer
a saúde. Contudo, este estado mórbido não aparece de imediato. A doença para
materializar no corpo físico leva, no mínimo, um ano após o adoecimento dos
corpos energéticos.
Posso afirmar com segurança, que a
atenção aos sinais das emoções e do corpo físico, dá elementos substanciais
para que o indivíduo permaneça saudável, conseguindo interceptar a desarmonia
antes que ela se manifeste como doença no corpo físico.
Ademildes Rodrigues
www.essencialsaude.com.br
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