segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Eu quero meu brinquedo


Somos crianças. Isso mesmo somos crianças. Seres ainda em processo – talvez acelerado devido à necessidade de aprendizado –, para viver uma realidade mais condizente com a realidade do espírito que é velho, porem infantil.

Ao observarmos o comportamento das pessoas de modo geral, vemos seres adormecidos, de olhares e mente vazios. Veem mas não enxergam, vivem de aparências e muito distantes da realidade cósmica. O tempo passa, a idade cronológica passa e chegam à velhice ainda crianças querendo a mamadeira, o chocalho, o vídeo game. Porém a mamadeira alguém deve preparar e o chocalho nada mais é do que um instrumento para chamar a atenção para si.



O sono é profundo e a maturidade psicológica muito distante. E eu pergunto: há possibilidade de crescimento? Existe alguma possibilidade de mudar este padrão comportamental e sair da posição de criança para, no mínimo, passar para a adolescência? É possível ver além das aparências? Se a análise for feita puramente no âmbito externo a resposta para todas estas perguntas seria não. Não há. Porém ao analisar o ser com a consciência eterna, a resposta é sim. Sim para todos.

A vida é um grande laboratório onde vários experimentos são feitos. Alguns dão certo de imediato, outros precisam de ajustes, mas todos servem de aprendizado que gera conhecimento.

Ao observar este comportamento, é também interessante olhar para si e perguntar: será que estou olhando para um espelho? Será que ajo assim? Será que também faço pirraça quando tiram o meu brinquedo? Será que o meu “carrinho” foi tirado porque está na hora de eu pensar em carros maiores, em projetos mais ousados?

Pensar na possibilidade de se colocar no lugar do outro é ter coragem de se observar, é se compreender, é aceitar que comete erros, mas que é possível acertar e acertar muito. Falta ao ser humano procurar ouvir e entender a necessidade do outro, a dor do outro, o sofrimento, o desespero, a amargura do outro. Aceitar que muitas vezes o que o outro quer é um pouco de atenção e carinho e que nem sempre, mas muitas vezes, ele está batendo o chocalho violentamente, desesperadamente em busca de um “Oi, como você está? Como foi o seu dia?”.


Pense nisso e busque transformar sua forma de ver o mundo e as pessoas que nele habitam.


Ademildes Rodrigues | www.essencialsaude.com.br

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