terça-feira, 12 de maio de 2015

Dignidade no silêncio



“O homem não foi feito para ser infeliz ou para adoecer. Todos têm o dever de procurar a alegria, a felicidade e a paz. Sofrimento e dor não trazem compensação e não resgatam dívidas.”. Alex Zarthú.
Fuga: comportamento comum entre os seres humanos. Pode não ser muito bonito se olhar no espelho inteiramente nu em nossa estrutura intima. Por isso tantas “roupas” tantas máscaras para esconder a realidade, se envolvendo qual capa em desculpismos sem tamanho. Escondemo-nos para não encararmos o verdadeiro eu, fugimos de nós mesmos.
Escondemo-nos por detrás da raiva, da desilusão. Escondemo-nos por detrás do eu bonzinho que diz sim para tudo e todos. Escondemo-nos por detrás da fala mansa, enfim cada um descobre o melhor esconderijo e se esconde tanto e por tanto tempo, que muitas vezes encontra dificuldades para se reencontrar. O medo de ser feliz é maior que a coragem de viver em plenitude. Esforçamo-nos como um atleta se esforça para conseguir uma medalha de ouro, porém para aproximar cada vez mais da infelicidade, dos vícios e da deterioração da personalidade. Por vezes nos escondemos por detrás da busca pelo poder passando por cima das pessoas próximas, boicotando seu trabalho para aparecer mais.
Situações íntimas mal resolvidas são canais para a instalação da ansiedade, da fobia, da depressão. São caminhos que levam o indivíduo ao precipício interior.
É preciso calar, aquietar-se e ouvir a voz interior, aquela que não falha jamais. Calando é possível ouvir o chamado interno de volta à personalidade. Calando é possível encontrar-se consigo, que é pura felicidade e energia radiante chamada amor.
Tenha coragem de dizer: “tenho dificuldade neste ou naquele assunto”, tenha coragem de dizer: “agora não posso ou mesmo agora não quero”, tenha coragem de definir estratégias compatíveis com a sua realidade e tempo, tenha coragem de trabalhar e mostrar seu talento sem precisar fazer do outro seu trampolim para “subir na vida.” Tenha coragem de derrubar as barreiras colocadas por você mesmo na sua intimidade mais profunda e que lhe trazem tanta amargura e prisão de sentidos. Silencie! É no silêncio que encontraremos a dignidade de viver em paz e harmonia.

Ademildes Rodrigues 
www.essencialsaude.com.br


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