“O homem não foi feito para ser
infeliz ou para adoecer. Todos têm o dever de procurar a alegria, a felicidade
e a paz. Sofrimento e dor não trazem compensação e não resgatam dívidas.”. Alex
Zarthú.
Fuga: comportamento comum entre
os seres humanos. Pode não ser muito bonito se olhar no espelho inteiramente nu
em nossa estrutura intima. Por isso tantas “roupas” tantas máscaras para
esconder a realidade, se envolvendo qual capa em desculpismos sem tamanho.
Escondemo-nos para não encararmos o verdadeiro eu, fugimos de nós mesmos.
Escondemo-nos por detrás da
raiva, da desilusão. Escondemo-nos por detrás do eu bonzinho que diz sim para
tudo e todos. Escondemo-nos por detrás da fala mansa, enfim cada um descobre o
melhor esconderijo e se esconde tanto e por tanto tempo, que muitas vezes
encontra dificuldades para se reencontrar. O medo de ser feliz é maior que a
coragem de viver em plenitude. Esforçamo-nos como um atleta se esforça para
conseguir uma medalha de ouro, porém para aproximar cada vez mais da
infelicidade, dos vícios e da deterioração da personalidade. Por vezes nos
escondemos por detrás da busca pelo poder passando por cima das pessoas
próximas, boicotando seu trabalho para aparecer mais.
Situações íntimas mal resolvidas
são canais para a instalação da ansiedade, da fobia, da depressão. São caminhos
que levam o indivíduo ao precipício interior.
É preciso calar, aquietar-se e
ouvir a voz interior, aquela que não falha jamais. Calando é possível ouvir o
chamado interno de volta à personalidade. Calando é possível encontrar-se
consigo, que é pura felicidade e energia radiante chamada amor.
Tenha coragem de dizer: “tenho
dificuldade neste ou naquele assunto”, tenha coragem de dizer: “agora não posso
ou mesmo agora não quero”, tenha coragem de definir estratégias compatíveis com
a sua realidade e tempo, tenha coragem de trabalhar e mostrar seu talento sem
precisar fazer do outro seu trampolim para “subir na vida.” Tenha coragem de
derrubar as barreiras colocadas por você mesmo na sua intimidade mais profunda
e que lhe trazem tanta amargura e prisão de sentidos. Silencie! É no silêncio
que encontraremos a dignidade de viver em paz e harmonia.
Ademildes Rodrigues
www.essencialsaude.com.br
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