Seja, porém, o vosso sim, sim e o vosso não, não. O que passar disso
vem do maligno. Mt 5:37
Quando leio este trecho bíblico
fico a refletir quão sábias são as palavras do Cristo e quão simples pode ser a
vida se o evangelho for seguido, abstraindo nas letras e extraindo seu sentindo,
dando valor e entendimento a elas.
Seja o seu falar sim, sim. A
tomada de atitude é fundamental na vida daquele que quer ter sucesso nos mais
variados campos que a vida oferece. O sim pode ser dito quando se recebe
propostas profissionais, sim para propostas emocionais, sim para si, no sentido
de aceitar a realidade como se apresenta e mudá-la, se preciso for, aos poucos,
mas com determinação e firmeza.
Seja o seu não, não. Dizer não às
dores, ao fracasso, analisando e extraindo o que de melhor ele trouxe, dizer
não ao não com afirmativas consistentes e bem definidas. Dizer não aos excessos
seja eles de ordem interna ou externa. Dizer não aos vícios, às compulsões,
buscando no sim os elementos de substituição para o espaço que ficará vazio. Um
exemplo de substituição é trocar o não da preguiça ou da indisposição pelo sim
de uma atividade física. Ela, além de preencher a lacuna da inação, levará o
corpo a produzir os hormônios necessários ao bem estar e movimentará a energia
de tal forma que não haverá possibilidade de a saúde não fazer morada no corpo
e na alma.
Utilizando este trecho bíblico
não tenho intenção de fazer exegese bíblica, mas tão somente, utilizar um
versículo como metáfora, e aplica-lo à realidade no cotidiano.
Os indivíduos que têm por hábito
afirmar que são perseguidos, muitas vezes não o são. Um número razoável de
pessoas, na verdade, estão num processo de inação contínuo e por isso nenhuma
possibilidade mais clara de sucesso acontece. Afinal de contas, quanto mais
parado, mais parado. Quanto mais movimento, mais movimento. É lei universal e
não há como revogar.
As pessoas que permanecem neste
estágio estão sendo perseguidas ou têm vontade de ser? Transferir
responsabilidades é um hábito bastante arraigado na mente humana. Não podemos
eximir de que existem casos em que há sim, influência externa em que o individuo
adquire manias de perseguição; isto é patológico e precisa ser tratado. Mas não
é esta a abordagem que faço. Minha proposta aqui é refletir sobre os casos em
que o indivíduo parou no tempo e quer, a todo custo, encontrar um responsável
pelo seu infortúnio.
Se você que me lê está estagiando
nesta empresa da inércia, está na hora, no exato momento, de se demitir e
iniciar outra etapa: a de autônomo. Assumir a autonomia de sua vida, construir
seu destino, olhar-se no espelho com orgulho e coragem, sabendo que a rota
sempre pode ser refeita e que depende exclusivamente de você ser um fracassado
ou um vitorioso. O que você acha de levantar agora?
Ademildes Rodrigues
www.essencialsaude.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário