segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Perseguição. Mania ou desejo?


Seja, porém, o vosso sim, sim e o vosso não, não. O que passar disso vem do maligno. Mt 5:37

Quando leio este trecho bíblico fico a refletir quão sábias são as palavras do Cristo e quão simples pode ser a vida se o evangelho for seguido, abstraindo nas letras e extraindo seu sentindo, dando valor e entendimento a elas.

Seja o seu falar sim, sim. A tomada de atitude é fundamental na vida daquele que quer ter sucesso nos mais variados campos que a vida oferece. O sim pode ser dito quando se recebe propostas profissionais, sim para propostas emocionais, sim para si, no sentido de aceitar a realidade como se apresenta e mudá-la, se preciso for, aos poucos, mas com determinação e firmeza.

Seja o seu não, não. Dizer não às dores, ao fracasso, analisando e extraindo o que de melhor ele trouxe, dizer não ao não com afirmativas consistentes e bem definidas. Dizer não aos excessos seja eles de ordem interna ou externa. Dizer não aos vícios, às compulsões, buscando no sim os elementos de substituição para o espaço que ficará vazio. Um exemplo de substituição é trocar o não da preguiça ou da indisposição pelo sim de uma atividade física. Ela, além de preencher a lacuna da inação, levará o corpo a produzir os hormônios necessários ao bem estar e movimentará a energia de tal forma que não haverá possibilidade de a saúde não fazer morada no corpo e na alma.

Utilizando este trecho bíblico não tenho intenção de fazer exegese bíblica, mas tão somente, utilizar um versículo como metáfora, e aplica-lo à realidade no cotidiano.

Os indivíduos que têm por hábito afirmar que são perseguidos, muitas vezes não o são. Um número razoável de pessoas, na verdade, estão num processo de inação contínuo e por isso nenhuma possibilidade mais clara de sucesso acontece. Afinal de contas, quanto mais parado, mais parado. Quanto mais movimento, mais movimento. É lei universal e não há como revogar.

As pessoas que permanecem neste estágio estão sendo perseguidas ou têm vontade de ser? Transferir responsabilidades é um hábito bastante arraigado na mente humana. Não podemos eximir de que existem casos em que há sim, influência externa em que o individuo adquire manias de perseguição; isto é patológico e precisa ser tratado. Mas não é esta a abordagem que faço. Minha proposta aqui é refletir sobre os casos em que o indivíduo parou no tempo e quer, a todo custo, encontrar um responsável pelo seu infortúnio.
 

Se você que me lê está estagiando nesta empresa da inércia, está na hora, no exato momento, de se demitir e iniciar outra etapa: a de autônomo. Assumir a autonomia de sua vida, construir seu destino, olhar-se no espelho com orgulho e coragem, sabendo que a rota sempre pode ser refeita e que depende exclusivamente de você ser um fracassado ou um vitorioso. O que você acha de levantar agora?

Ademildes Rodrigues 
www.essencialsaude.com.br

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